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domingo, 21 de novembro de 2010

O QUE É HOMEOPATIA

FONTE: SITE HOMEOPATIA

Você pode se imaginar como sendo uma coleção de partes que funcionam juntas como um relógio ?

Ou você é um ser com um corpo que possui partes que interagem entre elas e com o todo, funcionado harmonicamente, para ter o que se chama "vida" ?

Outra questão: você tem que pensar para seu fígado funcionar ou ele geralmente funciona harmonicamente junto com o resto de seu corpo ? E seu coração ? E seus rins ? e seus…

E o que você acha que seria mais eficiente :

bulletum medicamento que forçasse sua ação em em certos órgãos de seu corpo, porém tendo reflexos indesejados em outros locais,
bulletou um medicamento que agisse em todos locais de seu corpo que estão precisando de ajuda, ao mesmo tempo ?

Para a Homeopatia, o corpo de um ser vivo é uma unidade a seu serviço.
Unidade esta que apesar de ser feita de partes, partes das partes, partes das partes das partes, e assim vai, deve ser tratada como unidade quando o ser adoece.
Ou seja, quando seu corpo adoece, é VOCÊ que adoece, e não seu fígado, seu coração, seu baço. E a Homeopatia se propõe a tratar você e não só suas partes. As somas das partes é muito mais do que as partes juntas.
E o que dizer então das interações entre elas ? Como se pode esquecê-las ?

Isso pode parecer pretensioso, mas é o sonho de muita gente desde que o mundo é mundo, tanto que de muitas plantas se diz que são "panacéias para todos os males", pois os homens sempre procuraram e procuram algo que os curasse de todas as doenças. Algo como a procura da "pedra filosofal" na idade média, que faria qualquer metal virar ouro.

Só que raciocine comigo : você não é igual a seu vizinho, ou a seu colega de trabalho, ou a seu irmão e nem sua doença é igual a deles. As vezes uma pessoa fica doente quando o tempo fica muito seco e outra quando o tempo fica muito úmido. Cada um tem a "sua" doença. Então como você poderia ser tratado "igual" quando adoece ? Um rim pode ser igual a outro. Um coração pode ser igual a outro. Somos agrupados em espécies por termos muita semelhança entre os indivíduos, mas não somos iguais.

Podemos dividir, a grosso modo, as terapias medicamentosas em dois grandes grupos:

A) As que corrigem "desvios de rota" do funcionamento padrão do corpo dos seres vivos (por corpo entenda-se o corpo todo - inclusive cérebro), fazendo parar as reações que estão lhe fazendo mal. Isso apesar de essas reações terem começado como algo fisiológico para tentar trazer o corpo para um estado de saúde. Ou para aqueles que estão sob o ataque de outros seres e que não estão conseguindo responder a contento, como por exemplo dar antibiótico em uma pneumonia bacteriana em que o corpo não consegue combatê-la por si só, por exemplo. Ou em uma alergia qualquer, em que o corpo reage exageradamente a algo e começa a se fazer mal e se toma um anti-inflamatório. Ou quando as veias/artérias do coração se bloqueiam com deposições de gorduras e cia e tem que se fazer uma operação de substituição para se voltar a ter uma irrigação sangüínea satisfatória.. Em todos estes casos houve uma intervenção para se deter o processo e dar fôlego para o organismo se recuperar e combater o que lhe está fazendo mal. Ou no caso da alergia, bloqueando a reação exagerada.

O bom ? Age quer o organismo queira ou não, e dá um fôlego para o organismo reagir e se fortalecer.

O ruim ? Não altera o que está causando estes distúrbios, só age nos distúrbios e/ou nos seus efeitos. Pode-se combater as bactérias que causam a pneumonia, mas não se consegue que o corpo fique mais forte para ele mesmo combatê-la ou mesmo para ficar mais resistente e não ter pneumonia. Não se consegue fazer o próprio corpo combater o excesso de sensibilidade aos alérgenos, só se suprime os sintomas. No caso do coração, não se consegue tirar a tendência ao "entupimento" de artérias, só com um regime alimentar e de vida rigorosos.

B) E as terapias que tentam intervir na causa mais profunda das doenças e corrigi-las. Ou o popular "cortar o mal pela raiz".

O bom ? São terapias com outro tipo de propostas e são, ou deveriam ser, o ideal de todos que almejam uma cura, qualquer que seja ela.

O ruim ? Não são todas as pessoas que são dispostas a este tipo de terapia, por se contentarem com "curas" mais superficiais. E também existem ocasiões, por limitação do ser humano que está aplicando a terapia, em que ela fica difícil de funcionar. Limitações de conhecimento, falta de medicamento, impossibilidade de reação do corpo, etc.

E voltemos por instantes ao século XVIII : como era a medicina da época ? Ela tinha como terapêutica sangrias feitas com sanguessugas, arsênico e outros venenos como febrífugos e outras coisas que horrorizariam hoje em dia até charlatões. As supostas causas das doenças eram fantasmagóricas e fantásticas, e nas faculdades de medicina aulas práticas não eram comuns. Apesar de desde o século XVII, principalmente na Inglaterra, a idéia que tudo deveria vir da experiência começasse a permear o mundo em geral, e a ciência em particular, a terapêutica e a visão do doente parece que ficaram no século XVI. Talvez por estarem muito ligadas a visão do homem sobre si e este parece que sempre foi um enorme problema para o ser humano.

Poderia - se dizer que todos que atuavam na área da saúde achavam este quadro normal, mais isto não era verdade. Haviam várias pessoas que se incomodavam mas não tinham uma opção terapêutica. Os alquimistas conseguiram outra abordagem, mas ainda não satisfatória. Quem usava plantas medicinais idem, mas e a sistematização, a metodologia, em épocas em que a ciência estava procurando método ? Nesta época, o conhecimento estava começando a ser algo ao alcance de outros que não nobres ou religiosos. Isto foi uma parte das conquistas das correntes de pensamento dos séculos XVII e XVIII, notadamente na Inglaterra ( XVII) e França de maneira mais acentuada ( XVIII). Mas, sair na rua, entrar em uma livraria e comprar um livro para adquirir conhecimento ? Na época, isto era ficção, e das mais absurdas possíveis. Aliás, ainda hoje é ficção em muitos lugares.

Em 1755 nasceu Samuel Hahnemann, em Meissen, Saxônia, atual Alemanha.

Aos 20 anos entrou para a faculdade de medicina de Leipzig.
Ele se desapontou com essa faculdade, entre outros motivos, por lá não haver aulas praticas. Mas era uma faculdade onerosa e teve que interromper seus estudos por falta de dinheiro e dar aulas particulares.
Segue para Viena, Áustria, onde conseguiu ser aceito como discípulo do Dr. Quarin, diretor do Hospital dos irmãos da Misericórdia. Foi recomendado por ele para ser médico particular e bibliotecário de Samuel de Bruckenthal, governador da Transilvania, onde ficou por 21 meses e dele aproveitou enormemente a biblioteca.
Em 10 de agosto de 1781, Hahnemann defendeu sua tese de doutorado na faculdade de Erlangen, recebendo o grau de doutor. Sempre muito afeito a leitura, lia várias línguas e sobrevivia também com as traduções que fazia.

Depois de formado, praticou a medicina possível na época, mas começou a achar pouco. Ele curava muito pouco para seu gosto, embora as pessoas o considerassem um sucesso. E estudava muito.
Em determinada época, se desgostou de vez e largou a clinica. Como ele era farmacêutico e químico (o que era comum na época), além de médico, voltou-se às suas traduções e à química.
Então, para alguém que gostaria de fazer algo no campo da terapêutica, tinha a base tanto de quem faz a medicação quanto de quem a prescrevia.

A idéia da semelhança ser também um dos caminhos para a terapêutica era algo que já vinha há muito tempo aparecendo no trabalho de vários pensadores .
E a idéia de semelhança parece permear a cultura humana, e mais que isso : trazer ou levar, de um objeto ou ser vivo a outro objeto ou ser vivo suas qualidades, ou a qualidade que interessa a quem faz esta transferência, seja um dos seres vivos envolvidos ou um outro externo.

Usar a pena da águia para ter suas características,

Ler a biografia de uma pessoa que se admira para saber como agir de maneira semelhante a ele,

Imitar o comportamento do pai,

Aprender a falar e a andar imitando os adultos,

Tomar infusão de uma planta em forma de rim para problemas renais,

Tomar pequenas doses de Digitalis purpurea para controlar o que ela causa em grandes doses ( insuficiência cardíaca)

Tomar o veneno continuamente em pequenas doses para tornar insensível a ele,

Até que um dia alguém percebeu que poderia ser feito com mais substâncias :

O que uma ( determinada) substância provoca em pessoas saudáveis pode ser usado como guia para ser dado a pessoas doentes, que apresentam estes mesmos sintomas.
E elas melhoravam.

Eureka ! E ele foi o criador ? Depende do que.
Da lei dos semelhantes ? Nunca. Isso foi só um exercício de observação de Hahnemann, apoiado por muita coisa que ele havia lido. Aliás, um exercício de observação muitíssimo bem feito.
Da Homeopatia ? Claro. Foi ele que operacionalizou, foi ele que desenvolveu o método e foi ele que estabeleceu regras.

Mas e daí, como chegou a isso ? Dentre vários livros importantes que o influenciaram, um livro chamado " Matéria Medica " de Cullen, que ele estava traduzindo, chamou-lhe atenção pela parte em que falava da China officinalis e dizia que ela era muito boa para malária.

Ele começou a experimentar diversas substâncias nos familiares, em amigos, para ver o que provocaram em pessoas sãs. E tudo ia anotando.

Percebeu que se diluísse as doses, os sintomas ficavam menos violentos e mais diferenciados, eram diferentes de uma simples intoxicação.

E, não se sabe exatamente de onde tirou a idéia ( Alquimia ?), começou a dinamizar as substâncias e percebeu ou comprovou, não se sabe, que substâncias antes inertes despertavam sintomas nas pessoas que a experimentavam.

E conforme suas anotações foram aumentando, observava que várias pessoas apresentavam sintomas semelhantes quando experimentavam a mesma substância.
Epa!
Coincidência ou um grande achado ?
E que esta determinada substância curava pessoas que apresentavam estes grupo de sintomas em suas doenças.
Não era mais coincidência. Ele tinha achado algo grande.

Isto era uma terapêutica.

E quais suas bases ?

bulletsubstâncias são classificadas como medicamentos de acordo com a capacidade de provocar sintomas significativos em pessoas sãs ( uso da lei dos semelhantes em medicamentos).
bulleto uso de pequenas doses ( não se queria matar por intoxicação nem o paciente e nem o experimentador).
bulleta dinamização ( "sacudidas") para fazer serem ativas substâncias inativas e/ou para homogeneizar substâncias insolúveis em água/álcool e "melhorá-las".
bulletexperimentar as substâncias candidatas a medicamento em indivíduos sãos ( os experimentadores) seguindo regras pré-estabelecidas.
bulletE experimentar uma substância (mesmo que composta) de cada vez, para não atrapalhar e nem confundir os resultados e anotações de todos medicamentos experimentados com seus sintomas, para estes poderem ser usados quando fossem procurar sintomas relatados por doentes.

E como se usa esta terapia nos doentes ?

Escuta-se tudo o que o paciente diz, suas queixas, observa-se seu temperamento, seu modo de ser e viver quando são e quando doente, sua patologia. Anota-se, escolhe-se os sintomas mais significativos, os que chamam mais a atenção para a individualidade do doente.

Daí se escolhe o medicamento que mais se encaixe no quadro, medicando-o, e faz-se outras orientações que forem necessárias. E no caso de Hahnemann, os pacientes melhoravam.

E algumas coisas lhe chamaram atenção, uma já do tempo que ele tinha iniciado as experimentações :

- Quando se experimentava as substâncias apareciam sintomas aparentemente sem utilidade em seu total, do tipo - dor latejante, as 4 horas da tarde, no joelho esquerdo.
Está bem, foi anotado.
E qual não foi a grata surpresa quando este tipo de relato de sintomas também foram observados em relatos de doentes !
Então quer dizer que estas sensações, estes "sentir" aparentemente malucos e que tradicionalmente são só para escutar (e não lembrar mais) servem também para medicar ?
E não é que serviam !

E que interessante, individualizavam o ser, pois enquanto um poderia ter dor latejante as 4 horas da tarde, no joelho esquerdo, outro poderia ter dor latejante no joelho esquerdo quando levantasse pela manhã.
E um poderia ter a indicação de um medicamento; e ou outro, de outro, mesmo os dois tendo dor no joelho !
Então os modos que as queixas são feitas, as características destas queixas, o MODALIZAR, individualizam o ser tratado ? Sim.

bulletE usando-se substâncias diluídas e dinamizadas para a experimentação, mais sintomas individualizantes, diferentes, longe dos sintomas do tipo intoxicação apareciam. E diferenciava mais um medicamento de outro. E estes sintomas também apareciam em relatos de pacientes.
bulletAlguns sintomas que os experimentadores relatavam, quando estavam experimentando uma substância, apareciam com mais freqüência, eram relatados por vários experimentadores. Isto foi formando o que se chama o "núcleo" do medicamento, o que o caracteriza mais, inclusive com sintomas mentais, sonhos, sensações, etc.

E uma insatisfação : Hahnemann colhia com cuidado o relato de seus pacientes, elegia com cuidado o medicamento, os medicava e eles ficavam bons. Que ótimo ! Diriam todos. Mais ou menos, começou a pensar Hahnemann. Porque eles, depois de um certo tempo, adoeciam novamente, mesmo que fossem com doenças que nada tinham a ver com a doença que ele havia cuidado. Mas porque eles adoeciam novamente?

Deu um "nó em seu raciocínio", pois, se ele curou seu paciente, por que ele voltou a adoecer ? Será que seria seu tipo de vida ? Algo nele fazia-o adoecer ?

E ele começou a prestar atenção na vida toda de seus pacientes e a achar que eles já estavam doentes muito antes de se acharem doentes e irem até ele… e começou a cuidar deles desta maneira, e vê-los de um outro modo.


Mas isso é outra história, para ser contada em um outro momento.

E vamos continuar daqui dando nossa visão de Homeopatia.

A Homeopatia :

Diversas substâncias foram experimentadas separadamente em indivíduos sãos e, nestes indivíduos,
estas substâncias ocasionaram sintomas que não apresentavam normalmente em sua vida .
Estes sintomas que estas substâncias ( seguindo um protocolo de experimentação) despertaram nestes indivíduos foram anotados (de cada substância em separado) e colocados a disposição dos clínicos em livros chamados 'matérias médicas'.
Um doente que apresente sintomas, e uma dinâmica destes sintomas, que seja semelhante à de um medicamento, este medicamento lhe é dado para curar a sua doença.

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